PARCERIA

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão

Por  Pr. José Ferreira G. Junior

“Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” (I Co. 9:27)

            O verbo grego traduzido como ‘esmurrar’ (esmurro o corpo), tem o sentido de: desgastar alguém, de tratar com severidade e conservar sob controle. Neste caso, o corpo é comparado a um adversário perigoso que deve ser esmurrado severamente até a exaustão, a ponto de ser incapaz de esboçar qualquer reação. Ele deve estar totalmente rendido, vencido e dominado.
            Ele vem seguido pelo verbo ‘reduzir à escravidão’ (o reduzo à escravidão), que corrobora a ideia de tornar o corpo inútil e subjugado aos prazeres pecaminosos da nossa natureza carnal. A saúde do corpo reside em retrair, e não em extravasar, como querem orientar alguns conselheiros do comportamento humano.
            E segue dizendo: “para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” Isto significa ser rejeitado por não alcançar os padrões exigidos no teste. Estar corrompido, tornar-se indigno. Lembro-me daquelas roupas que têm um fio puxado, uma pequena falha na costura e, por isso, são vendidas como mercadoria de segunda. Embora ainda sirvam, não estão na prateleira dos clientes mais exigentes, perderam o valor máximo.
            Zeloso para não perder a qualidade de seu caráter cristão, o apóstolo confessa viver frustrando o seu corpo ininterruptamente. Isto significa que havia nele uma disposição mental determinada a conservar o seu corpo sob controle. Ele não satisfazia os apelos do corpo, antes o subjugava, visto que não queria ser vítima de impulsos que o conduzissem ao erro.
            Isto se chama ‘domínio próprio’ (Gl. 5:23), resultado de uma vida plena do Espírito Santo de Deus. O que é bem diferente do que vemos hoje naqueles que se dizem estar cheios do Espírito Santo, mas, infelizmente, o negam pela prática e atitudes.
            Entretanto, ao invés de criticar outros, vamos olhar para nós mesmos. Pergunto: será que somos motivados interiormente a viver uma vida santa, em integridade e retidão? Ou somos daqueles que precisam ser cutucados por um culto emotivo, um sermão inspirativo, promessas de fidelidade ao SENHOR, envolvimento com um grupo de santos irmãos(ãs), vigílias de oração, etc., para viver em santidade por alguns dias?
            O que penso é que, independentemente de ocasião ou circunstâncias favoráveis, o nosso posicionamento maduro é de firmeza de propósito. A brasa precisa continuar ardendo quando afastada do fogo, para pôr fogo noutra fogueira. O fogo do Espírito Santo não esfria quando, digamos, saímos da igreja ou estamos sozinhos. Ele continua nos aquecendo em todo tempo. Porém, agimos sem cultivar este posicionamento firme.
            A luta é interna (esmurro o meu corpo) e não externa. O apóstolo está se referindo a um combate individual (meu corpo) que outro cristão não pode vencê-lo por mim. Uma chamada à responsabilidade como indivíduo, membro do corpo, que deve santificar-se para não adoecer todo o corpo de Cristo. Por analogia, muitos soldados 

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